A pesquisa de um estudante
universitário, Christopher Minasi, pode
ajudar os cientistas a combater a doença de Huntington, um
distúrbio neurológico devastador que resulta em perda progressiva da fala,
pensamento, raciocínio e coordenação motora.
Ele trabalhou sob a supervisão de Jianning Wei, Ph.D., professora do Departamento de Ciências Biomédicas da escola de Medicina, investigando um dos possíveis mecanismos subjacentes da doença. Em células normais do cérebro, estruturas minúsculas chamadas lisossomos digerem partículas desgastadas por toda a célula. Na doença de Huntington, os lisossomos se agrupam, sendo isso indicativo de defeitos funcionais. É uma doença hereditária causada por um gene defeituoso que fabrica uma proteína mutante e excessivamente pegajosa.
O laboratório da dra.
Wei estuda o papel que a proteína mutante desempenha ao agrupar os lisossomos.
Usando a ferramenta de edição de genes CRISPR-Cas9, Christopher desenvolveu uma
linha de células que não possuía o gene. Ele então usou um microscópio especial
que produz fotografias de alta resolução para comparar essas células com
aquelas que ocorrem na natureza. Suas descobertas apoiaram a hipótese da dra. Wei de que a proteína
mutante, chamada huntingtina, contribui para o acúmulo anormal.
"Christopher
trabalhou como pesquisador independente sob minha supervisão", disse a dra.
Wei. “Ele conduziu o experimento, analisou os dados e apresentou o trabalho em
um simpósio de graduação. Esse novo modelo celular deve nos ajudar a entender
melhor a função da doença Huntington no tráfego de proteínas”, concluiu.
Christopher pode ter usado equipamentos sofisticados na Florida Atlantic
University, mas as ferramentas fundamentais por trás de sua pesquisa estavam em
casa. Quando ele o seu irmão, Daniel, estavam na escola primária, sua mãe
deixou seu trabalho de engenharia na Motorola para ensiná-los em casa. Foi a decisão mais difícil que Eloisa Minasi tomou, mas valeu a pena quando os dois rapazes entraram na FAU High School, uma escola pública que permite que os estudantes comecem a faculdade com 15 anos de idade. La Christopher e Daniel receberam m édias acima de 3,97 (de uma m áximo de 4) e ganharam o pr êmio presidencial da FAU.
Daniel, que tem 17 anos, está atualmente em seu terceiro ano em Engenharia
Elétrica e Christopher recebeu recentemente seu bacharelado em Neurociências aos
18 anos. Christopher está bem ciente dos benefícios que a tutela de sua mãe lhe deu. "A educação em casa definitivamente teve um efeito sobre minhas atitudes e hábitos de trabalho", disse ele. “Minha mãe foi muito cuidadosa ao criar um currículo personalizado e completo para mim. Ela também me incentivou a desenvolver uma habilidade muito importante: a capacidade de autoaprender. Essa foi a habilidade mais importante que usei para ter sucesso na faculdade”.
Agora Christopher está indo para Harvard, onde planeja ganhar o
doutorado em Neurociências. Ele recebeu uma bolsa de pesquisa de US$ 35 mil, todas
despesas pagas para mudar para Boston, seguro dental e de saúde e fará cursos
de pós-graduação sem nenhum custo.
O que a Eloisa está
fazendo agora? A ex-aluna da FAU está de volta ao campo da Engenharia,
projetando sistemas de comunicação para o Departamento de Defesa Americano. Seu
marido, também engenheiro, projeta sistemas de Lidar para carros
autônomos. Ambos dão conselhos profissionais a estudantes interessados em Engenharia, embora Eloisa tenha parado de realizar os ensinos domiciliares.
Experiência na Harvard University
Christopher Minasi, que faz pesquisa no laboratório do dr. Pascal Kaeser, na Harvard Medical School, ganhou em segundo lugar o concurso de imagem de Neurobiologia.
A imagem foi adquirida com o
microscópio confocal Olympus FV1000. A foto mostra o neurônio em uma cultura
neuronal hipocampal primária que foi fixada e fluorescentemente corada para
três proteínas.
Em azul: mapa 2; em vermelho: sinaptofisina, em verde: ELKS1 (uma proteína de zona ativa, específica para a pesquisa).
Em azul: mapa 2; em vermelho: sinaptofisina, em verde: ELKS1 (uma proteína de zona ativa, específica para a pesquisa).
Christopher
estuda o complexo de proteínas chamado zona ativa. É o maquinário molecular que
controla a liberação de neurotransmissores e, portanto, a comunicação entre os
neurônios. Ele usa microscopia de super-resolução para ver como a proteína está
localizada dentro da sinapse. Atualmente,
está trabalhando na automação da análise de imagens, como o treinamento de redes neurais, para aumentar a eficiência
e reduzir o viés (bias) de seleção de
sinapses.
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